segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Acidente na curva da Bayer do Brasil

É... A vida segue seu rumo, amigos chegam, amigos partem, amigos ficam.
O Circo foi embora, mas meus queridos amigos antigos ainda estavam ali, como sempre.
Tudo voltou a ser como antes, tudo normal até chegar o dia do baile na Bayer do Brasil,
Um dia que marcaria as nossas vidas, pra sempre.
Esse baile era esperado por toda população jovem do Bom Pastor e das redondezas. Grandes atrações da época apareciam por lá, como: Doutor Silvana, Alberto Brizola, entre outros.
Como quase sempre, fui à casa da Verinha para que elas me arrumassem e para que elas me levassem ao baile. Lembro-me que neste dia o Marco e a Verinha fizeram as pazes depois de muito tempo brigados, fiquei muito feliz, pois adorava vê-los juntos, eles se amavam tanto e o amor deles me cativava, me fazia sonhar em um dia viver um amor como o deles. Fomos: eu, Nina, Elias, Elza e Verinha, que encontrou o Marcos Lá. Valéria e Claudia foram com seus namorados, separadas de nós, e os meninos do The Break City também compareceram ao baile, todos com seus grupos. Foram separados, mas se encontraram lá. Mais uma vez, lá estava eu, dando de cara com o Índio e sua amada.
O baile foi maravilhoso, todos dançaram e curtiram muito até a hora de ir embora, aí então, mais uma vez os grupos se foram, voltando todo mundo junto, menos a Valéria e a Cláudia, que seguiriam dali para um pagode. Elas podiam, afinal eram maiores de idade. Valéria passou de carro, abriu a janela e disse ao meu irmão:

- Lima, cuida bem da Sandrinha.
- Não se preocupa não, a Sandrinha vai dormir lá em casa. – disse a Verinha.
- Ta legal. – disse a Valéria – Tchau gente!

E o carro seguiu...
Quando chegamos na casa da verinha, fizemos o de sempre: tomar banho, trocar de roupa e comentar todos os fatos da festa do baile. Estávamos conversando, quando de repente ouvimos um barulho, como uma explosão. Senti um calafrio e um aperto no peito, mas nada falei. Ficamos preocupadas, mas fomos dormir. Umas três horas depois, um amigo de dona Eurípides foi lá para avisar que a Valéria tinha sofrido um acidente na curva da Bayer na volta de um pagode no centro de Belford Roxo. O acidente foi realmente grave e foi um milagre Claudia e Verinha terem escapado. O motorista, namorado de Claudia, teve um infarto fulminante ao volante. O veículo capotou, Claudia foi atirada pela janela do carro e Valéria ficou presa nas ferragens junto com seu namorado. Claudia, vendo que o carro começou a pegar fogo, correu em direção ao veículo, tentou desesperadamente abrir a porta, mas todas as tentativas foram em vão. Num ato heróico, encheu-se de coragem, pegou Valéria pelos braços, arrastou pela janela com toda força, mas a perna de Valéria foi rasgada, pois não tinha outro jeito, assim que Claudia tirou Valéria e conseguiu colocá-la num lugar seguro, o carro explodiu. O acidente foi um fato marcante na vida de Valéria que, perdeu seu namorado e ficou 1 ano sem andar direito e quando estava se recuperando, sofre um tombo, e novamente machuca a perna, tendo que continuar andar de muletas. Mas Valéria era uma guerreira, não se entregou, lutou, casou, montou seu negócio e mostrou que somos todos capazes de superar as dificuldades.

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